Eles.

Eles são assim: se enamoram facilmente. No início acham que encontrou a mulher da vida deles. E a fazem acreditar piamente nisso.

Começam suaves, doces tal fruta da época. Estendem tapetes vermelhos, se desdobram em mimos e afeto. Perfeitos. Tocam no assunto casamento várias vezes e nos deixam emocionadas ao dizer que querem ficar velhinhos ao nosso lado.

Simulam um futuro doméstico, repleto de alegria e unicidade. Juram amor eterno. Se entregam e nos fazem pensar que sim, somos uma mega mulher, e quem diria, encontramos nosso príncipe.

Mas, como isso não é um conto de fadas, o final pode não ser tão cor de rosa assim.

O tempo passa e o príncipe começa a denotar defeitos super humanos, comum a todos os homens. Pequenos sinais começam a demonstrar, que, amigas os homens não serão nunca o que desejamos. E que apanharemos ainda muito pelo caminho. E que teremos mais desilusões.

Eis os sinais: desculpinhas esfarrapadas começam de leve, tão sutis, que no início - coitadas de nós, nem desconfiamos. Um celular desligado, um compromisso inadiável de trabalho, compromissos em família que não te cabem, mudanças repentinas de temperamentos. Atitudes que deixam qualquer princesa insandecida em seu mundo cor de rosa.

Nós mulheres, com nossa incrível capacidade de tentar "tapar o sol com a peneira", vamos tentando não enxergar. - Ele vai melhorar. É só uma fase. Mas ele me ama!

A gente não aprende! Sempre acreditamos que ele irá olhar para nós e perceber: é a mulher da minha vida.

NÃO NOS ILUDAMOS. Homens, em sua maioria, quase que absoluta, não prestam. Tenho presenciado sofrimento alheio e me surpreendo com a sagacidade e imaginação desta espécie. Isso sem contar com as minhas próprias experiências, que tirando DOIS, que PARECIAM ter caráter, o resto, sem exceção, merece ser jogado no Aterro, na célula mais imunda.

Desculpe o desabafo. Hoje tá foda. A saudade aperta, mas minha consciência (graças a Deus, ela funciona) não me permite estar com quem não me merece. E isso, é para todos os meus relacionamentos afetivos ou não.

Fui.

Tédio.

......
Tum... tum... tum...
Toc... toc... toc...
Tsc... tsc... tsc...
Lá... lá... lá...

Um olhar sobre tolices.

Eu acho engraçado como algumas coisas na vida da gente terminam assim, sem motivo aparente.
Ontem você dorme de um jeito, quando acorda vê que aquilo ali que você achava ser sua vida, mudou.

Isso me assusta, confesso. Talvez seja um comodismo meu. Ou talvez seja a própria condição humana que nos torna tão vulneráveis ao imprevisto, às mudanças.

Mas, apesar de assustar, é exatamente isso, que me fascina na vida. A vulnerabilidade, as mudanças, os acontecimentos. Hoje eu sou esta Flávia, amanhã, sorry, não posso responder por mim.

Como diria, meu escritor barato favorito, de quem eu ouso copiar uma de suas citações: "Reencontros com amores passados servem para mostrar muita coisa. Mostram, por exemplo, como uma intimidade construída em anos pode se dissolver instantaneamente com o rompimento. Você trata com cerimônia constrangida alguém com quem, até pouco antes, tinha a mais absoluta liberdade."

E essa mudança não se aplica necessariamente à vida afetiva não. Tudo, a todo momento muda. Isso é fato.

A minha terapeuta, morre de rir de mim (ela me acha uma louca). É assim: numa semana eu acho isso, na outra eu tenho uma opinião totalmente diferente daquela, e na semana seguinte eu já não sei mais nada.

Eu até acho interessante, pessoas que têm opinião formada sobre tudo, que são convictas de si e do mundo. Mas acho mais absurdamente interessante, instigante e excitante olhar pra uma pessoa (mas olhar mesmo) e ter uma incerteza do que ela pensa, do que ela acha. As pessoas ficam, na minha opinião, muito melhores quando há ainda algo que encobre o que ela é, o que ela pensa e sente. Claro, que até no mistério podemos manter o respeito de um pelo outro.

Enfim... talvez daqui uns dias eu nem pense mais assim, talvez alguma coisa mude, ou sei lá, quem sabe até, somente essa perdure.

Coisas gays.

No carro:
- Ô João, este brinquedo é coisa de gay!
Pára tuuuuudo que eu quero descer. - Como é que é Aninha? Onde você aprendeu isso? O que é ser gay?
- Ué, mãe. Gay é homem com homem, que vira lobisomen! Você num sabia não?
Dã! Prefiro nem comentar...

Coisas de mulher.

Sabe, tem dias que eu acho que minha vida não tem o menor sentido. Acho que todas as pessoas do mundo são mais felizes e mais realizadas do que eu.
Tem dias que é foda até pra levantar. E nessas horas somente os meninos é quem me dão ânimo... só eles.
Tem horas que eu acho este blog uma porcaria.
Tem horas que todas as mulheres são mais bonitas que eu.
Tem momentos que dá vontade de abrir um buraco no meio da sala e botar minha cabeça lá dentro. E ó, nunca mais sair.
Nestes dias, até uma novela iditota das oito me faz chorar. Pra não dizer que até mesmo alguns desenhos do Discovery Kids, que eu sou obrigada a assistir.
E mais, eu não consigo nem escutar minha própria voz, tamanha a minha irritabilidade.
E mais ainda, eu acho que NADA do que eu faço tem valor. Nadinha.
E a paciência, puf, já era.
E a cabeça pesa. Um gosto de novalgina na boca... Sem contar a cólica.
Rá!!! Tá achando que ser mulher é mole?
Ainda bem que a TPM é só uma vez por mês...

Tempo.

Há um tempo pra tudo.
Tempo para amar.
Tempo para perder.
Tempo para descobrir. E entender.
Há o tempo que custa a passar. Mas, acredite, passa.
Há o tempo de morrer. E há o tempo de nascer. Ou renascer.
Há o tempo só pra mim. Há tempo.
Há tempo de refletir. De aceitar. De renovar. Daí a gente ganha uma força absurda. Que jamais imaginou ter.
Há tempo... Pra acertos e erros também... Acertos são ótimos e erros nos fazem crescer.
Tanto tempo... tempo em mim, em você.
Tempo, tempo, tempo...

É verdade.

"A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
O QUE ELA QUER DA GENTE É CORAGEM." Guimarães Rosa

Minha foto
Eu sou assim. Um pouco de tudo, solta no mundo, sem molde definido. Tenho algumas convicções, mas nada eterno. Gênio forte, às vezes muito impositiva. Sou um paradoxo de mim mesma. Frágil, mas forte. Séria, mas palhaça. Mulher, mas menina. A única coisa que quero nesta vida é paz. Paz de consciência, paz de espírito. Paz e tranquilidade com a convicção de que fiz o que havia de ser feito. Amo a lua. Sou virginiana, mas acredite, meu signo me contradiz. Hoje, antes de tudo, sou mãe. E, esta é a melhor opção que fiz pra mim. E pra eles. Amo chocolate. Meu Deus está num pote de sorvete de maracujá. Não tenho mais segredo. Só alguns medos. Muitos sonhos.

Sobre este blog

Escrevo porque descobri que gosto. Gosto de brincar com as letras, palavras e idéias. Escrevo porque me descubro. Escrevo sem compromisso. Nem preocupação. Só por escrever. Escrevo de uma vez. Não tem correção. Desta forma, mantenho a autenticidade. Então, se você achar algum erro, perdoe-me, não há como corrigir. Um texto já pronto não pode ser reescrito, perde o sentido. Então escrevo...