- Mãe, você não sabe o que aconteceu hoje na van!
- O que foi, minha filha?
- O moço da Bê.a.trans disse para a Elizete (nota da mãe: condutora da van), que criança pequena não pode ir na frente. Você acredita mãe, que minha coleguinha de 8 anos estava na frente?
- É mesmo, minha filha? Isso não é certo né?
- Não tá não, né mãe? Eu falei pro moço da Bê.a.trans que eu só vou sentar na frente quando eu tiver 10 anos. Tá bom, num tá mãe?
- Isso mesmo filha, esta idade tá ótima. A Bê.a.trans tá certíssima, né?
Bê.a.trans.
Você sabe que eu não preciso dizer nada.
Tá tudo escrito no olhar, nas palavras, no beijo.
Está no toque. E no querer. Querer muito você, nós, tão assim, de uma vez só...
Você sabe, eu também sei...
Afeto.
Uma ansiedade de voltar pra casa e receber dois abraços assim, tão amorosos.
Vontade de escutar o relato sobre as aulas, os coleguinhas, a professora.
Saudade do afeto que preenche tudo.
Tradução de alegria: João e Ana.
Lista de desejos.
Neste início de ano, não fiz nenhuma lista. Não me prometi nada. Nem fiz questão de me prometer.
Neste início de ano, não programei metas, projetos, planos. Não quis saber.
Deixei-me levar por algo bom, que ultimamente está sempre presente em meus pensamentos.
Não quero arriscar a predizer algo sobre o meu destino.
Na minha lista deste ano, só tenho desejos. Desejos bons, intangíveis e ao mesmo tempo palpáveis. Desejos de encher a alma, e crescer o espírito.
A lista contempla coisas simples, que tento viver di-a-ri-a-men-te. Sem cessar. Sem me cansar.
Uma lista bonita, completa e que nada exige de ninguém. Nem de mim. É por si só.
Você deve estar se perguntando porque não fiz esta postagem antes. Simples... Meu ano novo, começou tempo antes das comemorações, começou aqui dentro, numa força e luz, numa certeza de que tudo vai dar certo.
Minha lista de desejos é pequena: paz, alegria, amor e saúde. Um kit completo pra deixar qualquer pessoa feliz.
Feliz ano-seu. Pra sempre.