Tédio.

......
Tum... tum... tum...
Toc... toc... toc...
Tsc... tsc... tsc...
Lá... lá... lá...

Um olhar sobre tolices.

Eu acho engraçado como algumas coisas na vida da gente terminam assim, sem motivo aparente.
Ontem você dorme de um jeito, quando acorda vê que aquilo ali que você achava ser sua vida, mudou.

Isso me assusta, confesso. Talvez seja um comodismo meu. Ou talvez seja a própria condição humana que nos torna tão vulneráveis ao imprevisto, às mudanças.

Mas, apesar de assustar, é exatamente isso, que me fascina na vida. A vulnerabilidade, as mudanças, os acontecimentos. Hoje eu sou esta Flávia, amanhã, sorry, não posso responder por mim.

Como diria, meu escritor barato favorito, de quem eu ouso copiar uma de suas citações: "Reencontros com amores passados servem para mostrar muita coisa. Mostram, por exemplo, como uma intimidade construída em anos pode se dissolver instantaneamente com o rompimento. Você trata com cerimônia constrangida alguém com quem, até pouco antes, tinha a mais absoluta liberdade."

E essa mudança não se aplica necessariamente à vida afetiva não. Tudo, a todo momento muda. Isso é fato.

A minha terapeuta, morre de rir de mim (ela me acha uma louca). É assim: numa semana eu acho isso, na outra eu tenho uma opinião totalmente diferente daquela, e na semana seguinte eu já não sei mais nada.

Eu até acho interessante, pessoas que têm opinião formada sobre tudo, que são convictas de si e do mundo. Mas acho mais absurdamente interessante, instigante e excitante olhar pra uma pessoa (mas olhar mesmo) e ter uma incerteza do que ela pensa, do que ela acha. As pessoas ficam, na minha opinião, muito melhores quando há ainda algo que encobre o que ela é, o que ela pensa e sente. Claro, que até no mistério podemos manter o respeito de um pelo outro.

Enfim... talvez daqui uns dias eu nem pense mais assim, talvez alguma coisa mude, ou sei lá, quem sabe até, somente essa perdure.

Coisas gays.

No carro:
- Ô João, este brinquedo é coisa de gay!
Pára tuuuuudo que eu quero descer. - Como é que é Aninha? Onde você aprendeu isso? O que é ser gay?
- Ué, mãe. Gay é homem com homem, que vira lobisomen! Você num sabia não?
Dã! Prefiro nem comentar...

Coisas de mulher.

Sabe, tem dias que eu acho que minha vida não tem o menor sentido. Acho que todas as pessoas do mundo são mais felizes e mais realizadas do que eu.
Tem dias que é foda até pra levantar. E nessas horas somente os meninos é quem me dão ânimo... só eles.
Tem horas que eu acho este blog uma porcaria.
Tem horas que todas as mulheres são mais bonitas que eu.
Tem momentos que dá vontade de abrir um buraco no meio da sala e botar minha cabeça lá dentro. E ó, nunca mais sair.
Nestes dias, até uma novela iditota das oito me faz chorar. Pra não dizer que até mesmo alguns desenhos do Discovery Kids, que eu sou obrigada a assistir.
E mais, eu não consigo nem escutar minha própria voz, tamanha a minha irritabilidade.
E mais ainda, eu acho que NADA do que eu faço tem valor. Nadinha.
E a paciência, puf, já era.
E a cabeça pesa. Um gosto de novalgina na boca... Sem contar a cólica.
Rá!!! Tá achando que ser mulher é mole?
Ainda bem que a TPM é só uma vez por mês...

Tempo.

Há um tempo pra tudo.
Tempo para amar.
Tempo para perder.
Tempo para descobrir. E entender.
Há o tempo que custa a passar. Mas, acredite, passa.
Há o tempo de morrer. E há o tempo de nascer. Ou renascer.
Há o tempo só pra mim. Há tempo.
Há tempo de refletir. De aceitar. De renovar. Daí a gente ganha uma força absurda. Que jamais imaginou ter.
Há tempo... Pra acertos e erros também... Acertos são ótimos e erros nos fazem crescer.
Tanto tempo... tempo em mim, em você.
Tempo, tempo, tempo...

É verdade.

"A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
O QUE ELA QUER DA GENTE É CORAGEM." Guimarães Rosa

Ervilha.

Nó, meu coração tá do tamanho (ou menor) que uma ervilha.

Enfim... vamo que vamo...

Para Eliza.

Uma visão diferente sobre o caso da Eliza. Gostei.
Não é pra menos que ele é meu escritor barato favorito.


Com o tempo.

Com o tempo a gente descobre que quem dizia-se "amigo", não é.
Bem verdade, a gente se decepciona com quem menos espera, ou, com quem mais se espera.
Sei lá...
Redescobri novamente: continuo a ter, poucos, velhos, bons e eternos amigos.
Não me preechem os dedos da minha mão, mas, me são, serão e sempre foram VERDADEIROS. O resto é passageiro, como o vento, vem e vai... não que seja ruim, mas, às vezes, pelo modo como vão, doem, magoam... Arghhh!
Só um desabafo...

Sinais.

Como diria Roberta Carvalho, minha blogueira favorita: Ah! Os sinais! Prestem atenção nos sinais!

Tô prestando, Roberta, tô prestando... Falta coragem pra tomar atitude, mas, eu ainda chego lá!

Personalidades.

E o tempo passa, e quanto mais ele se estabelece, mais acentuado é a diferença de personalidades de João e Ana.

João é todo pra frente, custa a pedir ajuda, estabelece entre ele e o tempo, uma tolerância mínima, para fazer os deveres de casa. Seu negócio é brincar.

A Aninha, vence todos os dias uma batalha que me deixa muito orgulhosa. Ela pára diante de uma sílaba, pensa, pensa, pensa. Ensaia quase muda o som da pronúncia e muito timidamente me fala o que é. Algumas vezes ela erra, outras tantas acerta. E eu fico tão admirada com a maneira dela insistir, que isso me faz refletir a postura de nós, adultos, perante nossas dificuldades.

Se a Aninha soubesse dizer sobre isso, tenho certeza que ela falaria: mãe, desiste não. Desistir é coisa de gente boba, de gente que não sabe o que quer. Siga em frente!

* * B R A S I L * *

Expectativa, clima de festa, muita alegria.
Dá-lhe Brasil querido!!!!!!

Sumiço.

Andei um pouco sumida, é verdade.


Resolvi dar um tempo e o tempo me trouxe várias respostas.

Mudei algumas coisas importantes. Diria, fundamentais. E olhe, estou bem melhor.

Fatos importantes, oportunidades que jamais pensei que iria ter.

Conheci pessoas únicas, que mudaram significativamente minha vida. Perdi entes queridos.

Tive medo. Coragem. Chorei. Sorri também. Demais.

Tirei um grande peso, que carregava há anos. Deu alívio.

Me emocionei com palavras sinceras e um pedido. Chorei de novo. De alegria. De felicidade. De agradecimento.

Sumi e estou de volta. Plena. Feliz.

Repensando.

Que nada.

Tem homem que não aguenta: mulher independente, que sabe o que quer, batalhadora, íntegra, enfim... FODA-SE. Ufa, falei.

Pensamento.

Às vezes acho que o amor não é pra mim.

Alegria, teu nome é Flávia.

Alegrinha, alegrinha.
Algumas coisas vão e outras vêm.
Na minha mão, sem fazer nenhuma forcinha...

Pausa para ternura.

Se você ama, diga que ama. Diga o seu conforto por saber que aquela vida e a sua vida se olham amorosamente e têm um lugar de encontro. Diga a sua gratidão. O seu contentamento. A festa que acontece em você toda vez que lembra que o outro existe. E se for muito difícil dizer com palavras, diga de outras maneiras que também possam ser ouvidas. Prepare surpresas. Borde delicadezas no tecido às vezes áspero das horas. Reinaugure gestos de companheirismo. Mas, não deixe para depois. Depois é um tempo sempre duvidoso. Depois é distante daqui. Depois é sei lá.

Ana Jacomo

Simples.

Simplicidade é o meu lema agora.
Se não tá bom, não quero.
Se tá ótimo, me jogo.
Se não tem saída, me conformo (até que outra alternativa apareça).
Se a vida me leva pra caminhos que eu nunca pensei em seguir, sigo calmamente seu curso.
Se errar, confesso.
Se acertar, me valorizo.
Se for complicado, descomplico.
Se não for, bem melhor.
E assim, sigo. Simples, leve, feliz.

Chuva.

Chuva, chove.
Molha.
Limpa.
Alivia.
Lava as dores, mas, deixa marcas.
Chuva, chove. Chove, chuva.
Chove, chove. Leva embora, a dor, a mágoa, a decepção.
E deixa uma certeza: nada, nada foi em vão...

Bê.a.trans.

- Mãe, você não sabe o que aconteceu hoje na van!
- O que foi, minha filha?
- O moço da Bê.a.trans disse para a Elizete (nota da mãe: condutora da van), que criança pequena não pode ir na frente. Você acredita mãe, que minha coleguinha de 8 anos estava na frente?
- É mesmo, minha filha? Isso não é certo né?
- Não tá não, né mãe? Eu falei pro moço da Bê.a.trans que eu só vou sentar na frente quando eu tiver 10 anos. Tá bom, num tá mãe?
- Isso mesmo filha, esta idade tá ótima. A Bê.a.trans tá certíssima, né?

Você sabe que eu não preciso dizer nada.

Tá tudo escrito no olhar, nas palavras, no beijo.

Está no toque. E no querer. Querer muito você, nós, tão assim, de uma vez só...

Você sabe, eu também sei...

Afeto.

Uma ansiedade de voltar pra casa e receber dois abraços assim, tão amorosos.

Vontade de escutar o relato sobre as aulas, os coleguinhas, a professora.

Saudade do afeto que preenche tudo.

Tradução de alegria: João e Ana.

Lista de desejos.

Neste início de ano, não fiz nenhuma lista. Não me prometi nada. Nem fiz questão de me prometer.

Neste início de ano, não programei metas, projetos, planos. Não quis saber.

Deixei-me levar por algo bom, que ultimamente está sempre presente em meus pensamentos.

Não quero arriscar a predizer algo sobre o meu destino.

Na minha lista deste ano, só tenho desejos. Desejos bons, intangíveis e ao mesmo tempo palpáveis. Desejos de encher a alma, e crescer o espírito.

A lista contempla coisas simples, que tento viver di-a-ri-a-men-te. Sem cessar. Sem me cansar.

Uma lista bonita, completa e que nada exige de ninguém. Nem de mim. É por si só.

Você deve estar se perguntando porque não fiz esta postagem antes. Simples... Meu ano novo, começou tempo antes das comemorações, começou aqui dentro, numa força e luz, numa certeza de que tudo vai dar certo.

Minha lista de desejos é pequena: paz, alegria, amor e saúde. Um kit completo pra deixar qualquer pessoa feliz.

Feliz ano-seu. Pra sempre.

E mais.

Além de feliz, adquiri uma lucidez absurda, como prêmio de férias.
Entendeu nada?!? Afff, deixa pra lá.

Eu confesso:

Estou muiiiiito feliz!

Minha foto
Eu sou assim. Um pouco de tudo, solta no mundo, sem molde definido. Tenho algumas convicções, mas nada eterno. Gênio forte, às vezes muito impositiva. Sou um paradoxo de mim mesma. Frágil, mas forte. Séria, mas palhaça. Mulher, mas menina. A única coisa que quero nesta vida é paz. Paz de consciência, paz de espírito. Paz e tranquilidade com a convicção de que fiz o que havia de ser feito. Amo a lua. Sou virginiana, mas acredite, meu signo me contradiz. Hoje, antes de tudo, sou mãe. E, esta é a melhor opção que fiz pra mim. E pra eles. Amo chocolate. Meu Deus está num pote de sorvete de maracujá. Não tenho mais segredo. Só alguns medos. Muitos sonhos.

Sobre este blog

Escrevo porque descobri que gosto. Gosto de brincar com as letras, palavras e idéias. Escrevo porque me descubro. Escrevo sem compromisso. Nem preocupação. Só por escrever. Escrevo de uma vez. Não tem correção. Desta forma, mantenho a autenticidade. Então, se você achar algum erro, perdoe-me, não há como corrigir. Um texto já pronto não pode ser reescrito, perde o sentido. Então escrevo...