Férias.

Tô de férias e grandes reflexões me acompanham.

Por um tempo, não vou escrever por aqui.

Assim que melhorar volto.

Meu homenzinho.

No supermercado:
- Mãe, pode deixar que eu levo o carrinho pra você.
- Mas, João, ele tá tão pesado...
- Mãe, eu sou o homem da casa, sou forte, tá? Deixa que eu levo.

Então.

A vida é bela, o mundo é redondo, e eu sou uma mera mortal.
Tá um calor de derreter (lá fora) e eu tô no ar condicionado.
Tenho meus filhos. Minha família.
Um namorado que vai e volta. Mas sempre volta.
Tenho um emprego. E perspectivas pra outros (melhores).
Tenho saúde.
Tenho vontades.
Tenho amigos. Fiéis.
Tenho esperança. E acredito em Deus.
Tenho um bocado de coisas riquíssimas de história e conteúdo.
Então...
Reclamar pra quê? Viva a vida!

Conclusão.

É...
Talvez eu tenha uma conclusão sobre tudo. Talvez não.
Talvez eu saiba desde o início...
Talvez os sinais tenham sido ignorados.
Talvez não tenha tido sinais. Deve ter sido invenção da minha própria loucura.
Talvez tudo seja uma ilusão. Como em Matrix. Bala azul ou vermelha? Não sei qual comi...
Talvez nada tenha resposta. Era para ter?
Talvez isso não seja amor. Ou o amor é assim, algo complexo, doído e ao mesmo tempo terno.
Talvez esteja no caminho errado. E dele faça o que é certo.
Talvez...
Talvez, não exista talvez.

Hoje.

Estou hiper, mega, super, ultra, max nostálgica.

Saudade tá apertando demais!!!

Saudade.

Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé, doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa,
dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
...
Doem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos.
Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada;
se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na internet
e encontrar a página do Diário Oficial;
se ela aprendeu a estacionar entre dois carros;
se ele continua preferindo Malzebier;
se ela continua preferindo suco;
se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados;
se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor;
se ele continua cantando tão bem;
se ela continua detestando o MC Donald's;
se ele continua amando;
se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos;
não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento;
não saber como frear as lágrimas diante de uma música;
não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer.
É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos.
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer...
Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo e o que você,
provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler.

HOJE.

Hoje decidi mudar.

O blog terá outra cara, pra marcar nova fase. Tudo novo.

Têm novidade chegando!

Ai, ai.

Não posso fazer nada, nadinha.


Cheguei com o pique todo pra trabalhar hoje e adivinha??

O esgoto do prédio está com problemas técnicos e fomos dispensados do árduo trabalho.

Rá! Começar a semana assim é como ter ótimos presságios do que me espera para todo o resto dela.

O mundo.

O mundo as vezes é estranho. E eu vivo nele.

Pra espantar a tristeza.

Noites com Sol - Flávio Venturini

Ouvi dizer que são milagres
Noites com sol
Mas hoje eu sei não são miragens
Noites com sol
Posso entender o que diz a rosa
Ao rouxinol
Peço um amor que me conceda
Noites com sol

Onde só tem o breu
Vem me trazer o sol
Vem me trazer amor
Pode abrir a janela
Noites com sol e neblina
Deixa rolar nas retinas
Deixa entrar o sol

Livre será se não te prendem
Constelações
Então verás que não se vendem
Ilusões
Vem que eu estou tão só
Vamos fazer amor
Vem me trazer o sol
Vem me livrar do abandono
Meu coração não tem dono
Vem me aquecer nesse outono
Deixa o sol entrar

Pode abrir a janela
Noites com sol são mais belas
Certas canções são eternas
Deixa o sol entrar

Registro 2.

Eis que o dentinho da frente, o de baixo, do meu João caiu.

Ele está se sentindo todo importante...

Felicidade.

É como um rio.

As águas passam, ora trasbordam, ora secam. Mas o rio ainda está lá.

E corre, pra algum lugar, algum destino.

Sem parar.

Sapatos.

Antes, eu tinha PAVOR de sapatos que não fossem pretos ou marrom.

Pois bem, uma sapatilha vermelha me conquistou e foi minha última recente aquisição.

Confissão de mulher: tá difícil tirá-las dos pés, toda vez que a calço, sinto que estou chiquérrima e não há quem não olhe ou me pergunte onde foi que comprei.

Conclusão: ou eu estou arrasando ou então tá brega de morrer.

Meu achismo: prefiro acreditar que tô arrasando!

E mais.

Tô querendo desbravar o mar do empreendedorismo. Ganhar grana e espaço.

Creio que minhas habilidades estão sendo desperdiçadas por aqui... tem algo dentro de mim, me chamando para uma aventura.

Vamos ver no que vai dar.

Salve empreendedorismo!

Bravos guerreiros.

Você já viu alguma assessoria de COMUNICAÇÃO trabalhar sem a assinatura dos principais jornais do país?

É, pasmem... por contenção de gastos estamos sem jornal impresso e eletrônico!

E ainda, continuamos nosso trabalho brilhantemente, salve o nosso empenho!!!!

Nossa Ascom só dá gente que faz!

Lista das vontades.

Vontade de:

  • esquecer
  • conhecer: outro, outros, outras
  • aventurar, em mim mesma, no mundo
  • ganhar o mundo, virá-lo ao contrário, virar outro mundo
  • ganhar dinheiro
  • amar e ser amada, literalmente, sem diferença
  • viajar, viajar, viajar
  • comprar um carro
  • encontrar-me
  • ajudar mais as outras pessoas
  • ser auto-suficiente (utopia)
  • deixar o cabelo crescer
  • tirar o aparelho
  • ter meu canto de novo
  • dormir de conchinha
  • ganhar flores
  • ver Flávio Venturini cantar
  • ajudar mais meus pais
  • ter um buffet
  • reunir meus grandes amigos
  • ganhar um abraço dos meus dois amores
  • esquecer o que já não é mais
Tantas vontades...

Memórias póstumas.

Morreu, tá morto, enterrado e sepultado.

Raríssimas vezes deu certo. Foi positivo.

Quase sempre desgastante. Tudo errado.

E ainda fez do término um grande espetáculo. Como se fosse o ator principal. E era. Mas o fez errado.

Não deu valor. Eu dei.

Mentiu. Muito. Eu não.

Agora tá por aí, eu eu tô por aqui.

Tô falando daquele relacionamento. Que não deu certo. Que dane-se. Foda-se.

Rá! Tem momentos que desabafar faz bem, nem que seja via blog.

Tá decretado: Aqui jaz um amor. Morreu de morte matada, quase a facadas, de maneira inesperada, fatalidade prevista e não discutida. Morreu sozinho, porque não havia diálogo, somente monólogos, chatos, previsíveis e insanos. Morreu tentando entender, ajudar, salvar. Morreu, por si só.

Publique-se, registre-se, intime-se, arquive-se.

DesEsperança.

Um pouco incrédula estou.

Desacreditada do amor. Das pessoas.

Todos os dias uma história triste. Um amor que não é amor. E se acabam. Se enganam.

As pessoas tem medo de serem verdadeiras. Vestem-se diariamente de personagens, alguns queridos, outros só pra ser. Algumas vestimentas são difíceis de se tirar, incorporam-se ao que se é, nisso perde-se a identidade.

A desilusão consigo torna-se ilusão do outro. E conjugam-se vidas, criam-se laços, amores desfeitos.

Tenho comigo que todos somos assim. Eu sou, você é. Somos.

Quero ser atriz, e me faço. Você quer ser outrem, e se revela.

Pouquíssimas exceções concedem-se a um exemplo contrário.

E eu, me perco. Despeço-me da esperança, porque está difícil acreditar nas pessoas, na verdade.

Talvez, esta seja uma sensação momentânea. Talvez não. Só o tempo me dirá.

It´s over.

O fim é apenas o começo.

Tenho que acreditar nisso, senão vou surtar.

Que venham as coisas boas, eu mereço.

O passado vou deixando aos poucos, um dia de cada vez, pra aliviar a alma.

O que eu quero.

Quero algo assim, sem rótulo, indefinido, porém bonito. Que tenha significado.
Algo constante, pleno, algo com que eu possa contar, um porto seguro.
Quero algo bom, saudável. Confiável.
Algo que nasça e não morra. É utópico, eu sei. Mas o que são os sonhos? Eles são flores que iluminam nossos caminhos. Podem não existir, mas estão ali, dentro de nós.
Quero algo forte, que me fortaleça, me enriqueça.
Algo assim, gostoso de sentir, delicado de ser, em si, em mim, em nós.

Inferno astral.

Comigo não tem nada disso.
Só alegria. Felicidade. Riso solto.
E uma expectiva de coisas boas. Só quero isso.
E que venham 3.1! Turbinadíssimo!

Agora Aninha. Linda.





.

Setembro.

AMO este mês. A estação que está por vir.
Tempo está esquentando. Coração também.

João. LINDO.






Há sentido?

Frase do dia, lida num dos meus blogs favoritos:
"Não me obrigue a fazer sentido."
Pra quem não tem sentido algum, como eu, esta frase veio a calhar.

NEOQEAV.

Não pude resistir... Deliciem-se com o texto. Extraído do blog: http://euemaismil.blogspot.com/


"Meus avós já estavam casados há mais de cinqüenta anos, e continuavam jogando um jogo que haviam iniciado quando começaram a namorar.A regra do jogo era que, um tinha que escrever a palavra "Neoqeav" em um lugar inesperado, para o outro encontrar, e assim que a encontrasse, deveria escrevê-la em outro lugar, e assim sucessivamente.

Eles se revezavam deixando "Neoqeav" escrita por toda a casa, e assim que uma encontrava, era sua vez de escondê-la em outro local, para o outro achar.Eles escreviam "Neoqeav" com os dedos no açúcar, dentro do açucareiro,ou no pote de farinha, para que o próximo que fosse cozinhar achasse.Escreviam na janela embaçada pelo sereno, que dava para o pátio onde minha avó nos dava pudim, que ela fazia com tanto carinho."Neoqeav" era escrita no vapor deixado no espelho, depois de um banho quente, onde a palavra iria reaparecer depois do próximo banho.

Uma vez, minha avó até desenrolou um rolo inteiro de papel higiênico para deixar "Neoqeav" na última folha, e enrolou tudo de novo. Não havia limites para onde "Neoqeav" pudesse surgir.Pedacinhos de papel com "Neoqeav" rabiscado apareciam grudados no volante do carro que eles dividiam.Os bilhetes eram enfiados dentro dos sapatos e deixados debaixo dos travesseiros."Neoqeav" era escrita com os dedos na poeira sobre as prateleiras, e nas cinzas da lareira.Esta misteriosa palavra tanto fazia parte da casa de meus avós, quanto da mobília.

Levou bastante tempo para eu passar a entender completamente e gostar deste jogo que eles jogavam.Meu ceticismo nunca me deixou acreditar em um único e verdadeiro amor, que possa ser realmente puro e duradouro.Porém, eu nunca duvidei do amor entre meus avós.Este amor era profundo!Era mais do que um jogo de diversão, era um modo de vida!Seu relacionamento era baseado em devoção e uma afeição apaixonada, igual as quais nem todo mundo tem a sorte de experimentar.

O vovô e a vovó ficavam de mãos dadas sempre que podiam.Roubavam beijos um do outro, sempre que se batiam um contra outro, naquela cozinha tão pequena.Eles conseguiam terminar a frase incompleta do outro, e todo dia resolviam juntos, as palavras cruzadas do jornal.Minha avó cochichava para mim, dizendo o quanto meu avô era bonito, como ele havia se tornado um velho bonito e charmoso, e ela se gabava de dizer que sabia como pegar os namorados mais bonitos.Antes de cada refeição eles se reverenciavam, e davam graças a Deus, e bençãos aos presentes por sermos uma família maravilhosa, para continuarmos sempre unidos e com boa sorte.

Mas uma nuvem escura surgiu na vida de meus avós: minha avó tinha câncer de mama.A doença tinha primeiro aparecido dez anos antes.Como sempre, vovô estava com ela a cada momento.Ele a confortava no quarto amarelo deles, que ele havia pintado dessa cor para que ela ficasse sempre rodeada da luz do sol, mesmo quando ela não tivesse forças para sair.O câncer agora estava, de novo, atacando seu corpo.Com a ajuda de uma bengala e a mão firme do meu avô, eles iam à igreja toda manhã.E minha avó foi ficando cada vez mais fraca, até que, finalmente, ela não mais podia sair de casa.

Por algum tempo, meu avô resolveu ir à igreja sozinho, rezando a Deus para zelar por sua esposa.E então, o que todos nós temíamos aconteceu: vovó partiu..."Neoqeav" foi gravada em amarelo, nas fitas cor-de-rosa dos buquês de flores, do funeral da vovó.

Quando os amigos começaram a ir embora, minhas tias, tios, primos e outras pessoas da família se juntaram e ficaram ao redor da vovó pela última vez.Vovô ficou bem junto do caixão da vovó e, num suspiro bem profundo, começou a cantar para ela. Através de suas lágrimas e pesar, a música surgiu como uma canção de ninar que vinha bem de dentro de seu ser. Sentindo-me muito triste, nunca vou me esquecer daquele momento. Porque eu sabia que mesmo sem ainda poder entender completamente a profundeza daquele amor, eu tinha tido o privilégio de testemunhar a beleza sem igual que aquilorepresentava...Aposto que a esta altura você deve estar se perguntando:"Mas o que Neoqeav significa?" Essa linda palavra quer dizer:"NEOQEAV" = NUNCA ESQUEÇA O QUANTO EU AMO VOCÊ!!! "

Aos poucos.

Hoje, escrevo aos poucos.
Um tópico de cada vez.
Pra esvaziar a alma.
Aquietar o coração.
E simplificar tudo.

Verde.

Finalmente, aos trinta anos, descobri que verde é minha cor favorita (quero ver até quando).

Pensamento do dia.

"... a prece, a meditação elevada, o pensamento edificante, refundem a atmosfera, purificando-a."

Do livro "Missionários da Luz", de Francisco Cândido Xavier.

Registro.

Dia 23 deste mês, caiu o primeiro dente da minha Aninha.
Ela tá se sentindo toda, toda...
E o João, morrendo de ciúmes, querendo que o dele caia também.

Que dia é hoje?

Todos os dias, pela manhã, João e Ana me perguntam:

- Mãe, que dia é hoje?

Se eu respondo: - Ah, hoje é segunda-feira.

- E você tem trabalho, mãe? Tem aula?

- Hoje a mamãe tem trabalho.

Escuto aquela voz manhosa, embargada em choro:

- Ah, não mãe!!!!! Não quero que você vai trabalhar! Fica comigo, mãe! Fica!

Ai que vontade de ficar em casa com eles!

It's me!

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Dois.

Tenho dois amores, nesta vida.
Duas grandes pessoas, dois seres iluminados.
Minhas grandes obras.
Minhas realizações.
Meu entusiasmo.
Minhas razões de ser.
Antes deles, somente alguém.
Depois deles, um ser humano melhor. Mais maduro. Mais sensível.
João e Ana, dois, que se multiplicam em si e em mim.

Definitivamente.

Não, não vale.
Não vale a pena, resgatar o que nunca foi.
Tão doce é a ilusão de que temos sobre tudo... Nada está definido. Nada é perpétuo.
A verdade descerra-se, apesar de inúmeras vezes tentarmos não vê-la.
Amor, é dois. Nem mais, nem menos. Ele dá frutos. Extensos. Mas na essência, só dois.
E, a cada dia que passa, percebo, entendo e afirmo, nunca amei.
Já gostei. Me apaixonei. Me iludi. Mas amor, de verdade mesmo, acho que nunca.
Triste, eu sei. Não é amor filial, nem maternal. Isso eu tenho. E muito.
É amor de verdade. Amor na mais pura essência. Nem egoísta, nem soberano.
Amor que divide, que multiplica, que se dá, que se integra.
Amor assim, de dois. Pra dois. E tantos mais.
Definitivamente.

Tentar de novo.

Será que vale a pena?

Jardim.

E no meio do edredom, bem cedinho, tempo frio e nublado.
Meu João, desperta de um sono gostoso, caprichado e cheio de preguiça.
Ele me olha e diz:
- Mãe, você é meu jardim.
Tem coisas que são indescritíveis diante de tanta espontaneidade...

*****************

Isso é amor.

Ontem, como todas as segundas-feiras fizemos o culto no lar.

O que me surpreendeu foi a declaração de amor que meu pai fez à minha mãe. Amor, preocupação e zelo. Ele que briga tanto com ela para que ela deixe de fumar, pediu licença no meio do culto e abriu um papel. Nele, havia sido impresso uma reportagem com o famoso comediante Chico Anysio.

Meu pai pediu licença e leu a entrevista com a voz trêmula e os olhos vermelhos (trecho retirado da Revista ISTOÉ):

Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho está sentado no centro de um ambiente quase vazio, com os quadros que ele próprio pintou espalhados pelos cantos da sala. Chico Anysio, o criador de tipos inesquecíveis que fizeram história na televisão brasileira, se desculpa pela bagunça. "Acabei de me mudar", diz. Ele agora vive em São Paulo, não mais no Rio de Janeiro. Seu apartamento é modesto, tem apenas dois quartos e 90 metros de área útil num prédio antigo da alameda Santos, e de lá ele quase não sai. Vai ao médico quando sente sintomas estranhos, como a dor de cabeça que o pegou de surpresa no dia em que recebia a reportagem de ISTOÉ pela primeira vez. "Uma dor diferente." Aos 78 anos, o humorista, que é considerado por muitos o "Chaplin brasileiro", combate um enfisema pulmonar, adquirido após décadas de fumo compulsivo. Há três meses, sofreu uma pneumonia e ficou quase 30 dias internado. Ao sentir o sopro da morte, Chico escreveu uma espécie de testamento. "Deixo nove filhos: oito homens e uma princesa. A vida está aí para que a aproveitemos, mas a verdade é que estou de saída", postou na internet. Ao falar à ISTOÉ, ele, o criador do Painho, do Pantaleão, do Alberto Roberto, do Bozó e de dezenas de personagens que ainda estão vivíssimos na memória afetiva dos brasileiros, mencionou o fim, citando o Hamlet, de Shakespeare. Entre uma lembrança e outra, Chico se recorda de uma cena que observou da janela, alguns anos atrás. Num dia de intensa ventania, um rapaz tentava em vão acender um cigarro nas ruas do Rio de Janeiro. Até que se escondeu sob uma marquise e, finalmente, conseguiu. "Burro, mal sabe que o vento queria apenas ajudá-lo", pensou Chico. Essa mesma "burrice" custou ao humorista um pulmão praticamente enferrujado. Todos os dias, ele faz um trabalho de reabilitação pulmonar e caminha numa esteira. Começou fazendo um minuto apenas. Hoje, consegue andar quatro minutos sem se cansar e espera chegar aos 40. Junto com a pneumonia, que causou sua internação no Samaritano, do Rio, aconteceu também uma queda doméstica. "Envelheci cinco anos numa semana", diz ele. "Descobri que a vida é uma prova hípica, o nosso envelhecimento vem aos saltos."

Ao terminar a leitura, comovido, meu pai fez uma declaração de amor e afeto à minha mãe que eu jamais havia presenciado durante a convivência deles. Foi lindo, generoso, sincero. E o mais bonito, foi ele ter externado isso, de uma maneira tão simples. Tenho aprendido muito nestes últimos tempos. Muitas reflexões têm feito de mim, uma pessoa melhor, mais madura.

Se você ama alguém, diga, demonstre, ame. Não perca tempo. Amanhã pode ser tarde demais.

Sobre o Michael.

- Mãe, o Michal Jackson virou estrelinha igual o tio Luiz e a tia Maria? - diz João.
- Claro que não, né João. Ele morreu mesmo. - retruca Aninha.
É, meus filhos estão crescendo...

Orgulho.


Sabe, há pouco tempo eu descobri uma raridade.
Dessas que a gente tem uma ou duas vezes na vida e olhe lá.
Eu conheci uma grande pessoa, um ser humano maravilhoso, um tesouro.
Ela já me tirou de casa, quando eu estava na deprê. Ela já foi a minha casa, ver como os meninos estavam passando, já nos levou ao médico. Já me disse algumas verdades duras, mas de um jeito tão afetuoso que não doeu, pelo contrário, uma luz se abriu no meu caminho. Com isso, vi várias oportunidades que eu mesma fechei pra mim.
Ela simplesmente fez por mim o que poucos já fizeram.
Esta preciosidade é minha querida amiga Vivi. Que eu gosto demais.
E hoje eu fiquei imensamente feliz pela vitória profissional que ela conquistou, para aonde ela vai.

PARABÉNS, amigammmmm. Você merece. Estou muitíssimo orgulhosa e torcendo mais ainda por você.

:)

Vestido de Quadrilha.

A idéia era comprar um pano com fundo preto repleto de cerejinhas.

Além disso, algumas fitas de cetim vermelha, verde e preta. A renda branca daria o acabamento final.

Eu estava esperando minha tia ter tempo para fazer o vestido de quadrilha da Aninha. Por ser uma costureira de mão cheia, o mês de junho estava praticamente tomado pelas encomendas. Mimosos vestidos saíam de suas mãos e enfeitavam meninas de variadas idades.

Ainda não comprei o pano. Nem as rendas e as fitas de cetim. Estava esperando o tempo da minha Tia Maria. E ela o seu tempo.

E o tempo resolveu que no primeiro dia de julho, ela seria levada, acometida por uma meninguite, de uma maneira assim, tão inesperada, tão rápida, tão foraz.

Nem deu tempo...

Tia querida, tia especial.

Saudade já...

:(

MBA.

Então, mais uma etapa cumprida. MBA concluído.
Além do conhecimento, ganhei amigos. Um bocado.
E o nosso Grupo Anda Comigo (e agregados) é único, original.
Ana, Hamilton, Vivi, Luana, Lucas, Gui, Xará: foi muito bom conviver com vocês. Aprendemos muito, rimos demais e nos divertimos.
Vou sentir saudades...

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Alegria.

Alegria é isso.
Só quero boas notícias. Mais nada.
O resto eu deleto. E tenho dito.

Diploma.

Concordo. Em gênero, número e grau.

Texto extraído do blog: http://www.olhometro.com/


Blá blá blá diploma blá blá blá jornalismo blá blá blá absurdo

Ai que saco. Odeio ter que falar sobre alguma coisa, sabe? Quando você precisa escrever sobre algo, mesmo que não considere aquilo algo a se perder tempo com. Mas todo mundo fica me perguntando o que eu acho disso, então vou escrever aqui - daí, quando perguntarem só mando o link.

Jornais estão morrendo, jornalistas também. Nada mais apropriado!
Na quarta-feira o
STF votou, por 8 a 1 (uhú!), o fim da obrigatoriedade de diploma de jornalismo para exercer a profissão. Eu trabalho numa redação, uma das maiores do país, e sinceramente não vi ninguém chorando por lá. Mas no Twitter eu vi. Ah, como vi gente se lamentando. “Ai, porque é um absurdo”. “Ai, porque isso é desvalorização da educação no país”. “Ai, porque agora qualquer um pode ser jornalista…”

Aaaahh, a tradicional arrogância da classe. A maior prova dela é uma porção de gente ter se ofendido com a comparação do ministro de jornalista com cozinheiro. Gente escrota. Desde quando ser jornalista é melhor do que ser cozinheiro? Quem devia se ofender é o cozinheiro, po.

Amigo que não é jornalista, tem algumas coisas que você precisa saber. A primeira delas é que o mercado de jornalistas está repleto de gente que exerce a profissão de maneira formidável e não é formado, desde muito tempo. A segunda é que a faculdade de jornalismo no Brasil forma pequenos especialistas em grandes generalidades com vagas noções de técnicas de redação. A terceira é que… sei lá, não tem terceira. Sou jornalista, não sei contar.

Pra ser jornalista, e eu sempre achei isso, não adianta ter faculdade. Jornalismo é espírito. Envolve gostar de estar bem informado, ser curioso, em alguns casos gostar ou saber escrever, gostar de ler, ter visão global de fatos, saber editar, uma série de coisas. Faculdade pode ensinar algumas técnicas, mas se algumas características já não estiverem lá, incubadas, faculdade não faz milagre. E essas técnicas você só aprende de fato exercendo, no mercado - ou seja, não precisa exatamente cursar jornalismo pra aprendê-las, precisa é trabalhar com jornalismo. Idem pras questões éticas que envolvem a profissão: elas estão em pauta o tempo todo no dia-a-dia, e você não precisa de sala de aula pra discutí-las, porque pode fazer isso com seus amigos no bar, já que necessariamente precisará tomar decisões que envolvem ética no cotidiano, e se não fizer isso de maneira adequada não vai durar muito tempo no mercado.

O Tintin, por exemplo - não precisa de diploma, é claramentejornalista por vocação. Simples assim.

Além disso, você acha que por causa da queda da obrigatoriedade do diploma alguma empresa vai mudar os critérios de contratação? De maneira alguma. Vão continuar exigindo os mesmos conhecimentos gerais (talvez até mais!), as mesmas habilidades em texto, as mesmas capacidades multimídia. A faculdade, talvez, se torne um diferencial desejável. O mercado vai ficar sim mais concorrido, e isso é ótimo pra sociedade!

A Folha de S. Paulo nunca exigiu formação jornalística pra contratar repórteres. É o maior jornal do país. E quem você considera mais qualificado para falar sobre economia - um economista que domine as técnicas jornalísticas ou um jornalista que entende um pouco de economia?

Pois é. A Folha prefere o primeiro cara. E eu acho justo.

Não reclamo da não obrigatoriedade do diploma porque acho que os profissionais qualificados continuarão tendo espaço no mercado, por motivos mais que óbvios. A qualidade da informação vai aumentar, porque a concorrência vai ser maior e aquele carinha que só tinha formação em jornalismo vai precisar de uma pós em história pra competir com o historiador que tem bom texto no mercado.

É hipócrita o jornalista que chegar aqui e me disser que a faculdade o ensinou a ser jornalista. Ensinou-o a beber bem, a fazer bons contatos profissionais, a ir no Juca. Se na minha faculdade (e nas de todos os meus amigos) os próprios professores fazem vista grossa pras nossas faltas já a partir da metade do curso, por compreenderem que nessa altura do campeonato a maioria das pessoas já está no mercado e a faculdade se torna supérflua, como alguém tem coragem de dizer que 4 anos de faculdade de jornalismo são realmente necessários?

Zé Bob, por outro lado, tenho certeza que tinha diploma,mas nunca conheci um jornalista que trabalhasse tão pouco.

Sou defensora de um curso técnico de dois anos de jornalismo, em formato de pós graduação. Os profissionais de outras áreas cursariam suas faculdades - direito, geografia, medicina - e com mais dois aninhos de técnicas jornalísticas e discussões sobre ética profissional e estariam habilitados plenamente a falar em veículos sobre o assunto. Felizmente, me parece que com essa mudança legislativa, essa possibilidade se torna mais atraente para as faculdades por aí. Espero ansiosamente uma posição por parte do MEC. Seria bem legal.

Conclusão: com a mudança se ferram os profissionais medíocres. Os bons, ganham, porque continuam no mercado seja como for; a sociedade, que consome notícias, também, porque a concorrência aumenta e logo qualificação dos profissionais também.

A única coisa que eu lamento nessa lei é que ela poderia ter saído há uns 5 anos, coisa assim. Eu poderia ter feito relações internacionais, e hoje estaria tinindo em Jornalismo Internacional. Mas é a vida.

E o Clark, que tinha diploma, era jornalista,mas que na verdade tinha por vocação o super-heroísmo?

A propósito: já que exerço a profissão há 4 anos, e não preciso mais do diploma pra me considerar profissional, já posso dizer que sou, sim, jornalista. Não é pelo título, glamour, nada disso. Não acredito nessas bobagens. É só porque isso diminui drasticamente as chances de ter o telefone desligado na cara ao ligar pras fontes dizendo “Oi, eu sou estudante de jornalismo….”

Melhor do que você mesmo.

"Eu não tento dançar melhor do que ninguém. Eu só tento dançar melhor que eu mesmo".

Essa frase foi dita por Baryshnikov, um dos maiores bailarinos do mundo.

Inspire-se nela e, da próxima vez que se sentir pressionado, não tente ser melhor do que a pessoa ao lado.

Procure suas maiores qualidades e as potencialize.

O sucesso não vem quando olhamos para o lado, mas quando olhamos para dentro.

Segredo.


O grande segredo não é correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim, para que elas venham até você.

Para João Vitor. Sobre o banheiro.

Sabe, João, a mamãe tenta de todas as maneiras suprir a ausência do seu pai.

Apesar de termos crescido - eu, você e a Aninha, juntos, sem às vezes nem lembrarmos da opção que ele fez, a de não ser pai; algumas vezes, eu confesso que isso dói um pouco. Pra não dizer que de vez em quando, sangra mesmo.

Ontem, voltávamos da nossa primeira viagem à praia e você e sua irmã estavam apertados para ir ao banheiro. Como de costume entrei com você e a Aninha. E sendo eu sou só uma, e vocês dois, imagine o malabarismo que a mamãe teve que fazer para administrar a situação.

Quando vamos saindo do banheiro, depois de lavar as mãos, você e sua irmã simulam um campeonato de pula-pula pra ver quem consegue pegar primeiro o papel toalha.
Alguém me faz o favor de soltar essa:

- Não sei porque o João Vitor não vai ao banheiro masculino!

Nem pestanejei pra dar a resposta, tamanha era a fervura do meu sangue já explodindo na cabeça:

- Uai, por acaso tem alguma figura masculina aqui que poderia tê-lo levado ao banheiro? Affff.

É verdade, meu filho. Fiquei brava. Tão brava que não consegui dormir direito. Mas fiquei mais brava ainda, porque algumas situações a mamãe aqui, por mais que tente ser seu PÃE, tem suas limitações e elas às vezes me deixam aborrecidas por não poder ser o que seu PAI deveria ser.

Ufa... Pronto, falei.

Verdade.

A verdade é que me casei. Me casei sozinha.

Sem cerimônia, sem papel assinado. Sem testemunha.

Me casei com a ilusão de que seria salva, de todos os meus medos, de todas as duras lições que a vida tinha me dado até então.

Teci sonhos e vivi deles, até que a verdade, que me aceirava diariamente, vestiu-me de razão.

E a ilusão de que tudo era perfeito, desfez-se como castelo de areia - de uma vez só, sem ter me dado tempo para pensar, para agir.

A verdade é árdua: fiz do outro o centro da minha vida.

E mais verdade ainda é não ter percebido isso, durante tanto tempo.

E a melhor das verdades é que aprendi muito e o melhor de tudo é que ao sanar a dor, o aprendizado cresceu, amadureci e me tornei uma pessoa melhor.

Espelho.

Eu me olhei. Enxerguei. Me explorei.

Fiz um pacto comigo mesma. Um acordo unilateral. Eu e mais Eu.

Numa cumplicidade resoluta. Firme.

Um acordo para perdurar o que de bom existe em mim. Impelir o que não cresceu.

E florescer, como faz a primavera ao deixar que desabroche as flores, os aromas e o sol delicado.

Deixar nascer o novo, mas apenas o que é bom. Deixar entrar somente o que fortalece. O que se aproveita.

E me curar. Definitivamente.

Sabedoria.

"RECRIA TUA VIDA,
SEMPRE, SEMPRE.
REMOVE AS PEDRAS E PLANTA ROSEIRAS
E FAZ DOCES.
RECOMEÇA."

Cora Coralina

Triste isso.

Hoje nada me faz rir. Nada me faz ter pensamentos bons. Nada consegue me dar ânimo.

Não deveria ter saído de casa, levantado da cama ou até mesmo aberto os olhos.

Tantas coisas acontecendo e uma grande sensação de estar perdida.

Coração prediz algo incomum.

Talvez o mundo seja estranho. E, nós, meros mortais fazemos parte dele. Ou nós é quem somos estranhos.

Preciso desabafar e acho que talvez aqui seja o meu canto pra fazer isso.

Se não é, já foi.

Engraçada a vida. Quando menos se espera tudo muda, e por mais que eu tente "abstrair" e olhar a situação com outros olhos, não consigo sair desta tristeza, deste pesar.

Triste isso. Sei que é. Talvez seja TPM. Quem sabe amanhã isso tenha ido, como veio.

Dor. E medo.

Esse rascunho tava guardado, escrito em 24/03/08. Não o publiquei por achá-lo pesado, estranho. Já que escrevo sobre tanta coisa, porque não mais este?

Meus medos sobrepõem-se a razão.

Sei que tá tudo errado,

tudo embolado,

tudo absurdo,

tudo assim, tão pérfido, tão escuro, tão estranho!

Dor absurda, louca, doída.

Dor de doer, de machucar.

Confusão de idéias, sentimentos.

Busca de respostas, todas aqui dentro, porém ocultas.

O que não me serve, fica.

O que deveria, some.

O que pode, não acontece.

O que não acontece, permanece.

Negro tudo. Negro meu mundo.

Absoluta dor. Profundo burburinho.

Tá tudo assim.

Sem começo.

Espero que tenha fim. (E teve!!!)

Absoluta.

Decisões importantes. Nem sempre sozinhas, mas acompanhadas de amplas razões.

Decisões que vão mudar algo. No futuro e principalmente no presente.

E a quem importa? Somente a mim. E outros poucos. Mais ninguém.

Assim. Resoluto, imperativo... como eu mesma sou. Como estou.

Absoluta. Em mim mesma, por mim, enfim.

Nada.

Já tentei escrever. Rabisquei. Sublinhei. Me perdi.

Tenho tanto pra falar e nada sai. Nada fica bom.

Esse nada tá um tanto estranho, gigante.

Tá tudo salvo no rascunho. Quando a inspiração decidir me ajudar volto a escrever.

CANSEI.

CANSEI.

De tentar.

De levar.

De fingir.

De chorar.

Das desculpas.

Do tédio.

Do desrepeito.

CANSEI. Mas um cansaço consciente. Sem dor. Sem apego. Sem ego.

CANSEI e levarei o cansaço até quando não aguentar mais. Assim renasço de novo. Mais firme, mais forte, mais Eu.

Traços.

Antes eram desconexos. Sem sentido algum. Embora os olhinhos ingênuos enxergassem árvores, tigres, pássaros...

Recebi no último sábado, duas folhas soltas de um caderno espiral com dois desenhos distintos.

O primeiro, da Aninha, vinha desenhado três pessoas - eu, ela e João, todos de mãos dadas, debaixo de um sol pintado de marrom e nuvens multicoloridas. Sobre o chão, flores, borboletas e uma grama verdinha. Na sua mão esquerda, um traço rosa, que ela disse ser seu batom.

O segundo, do João, uma mocinha segura algo que não consegui definir.

-João, que desenho é este?

- É você mamãe. Me segurando no carrinho quando eu era nenêm.

Dois desenhos. Duas obras-primas. Duas delícias de se ver. Duas alegrias.

Tem momentos em que eu penso e agradeço à Deus de coração por ser tão feliz, com tão pouco - ou com tão muito.

Cúmulo.

Cúmulo da globalização é um grupo de chilenos tocar com suas afinadas flautas a música da Celine Dion, tema do filme Titanic em plena Praça Sete.

Cúmulo maior é trabalhar no décimo segundo andar e, escutar a tarde inteira o mesmo refrão como se eles estivessem aqui do meu lado.

Aff...

Vaso.

Outro dia ganhei um vaso.

Uma peça de porcelana lilás, onde fora pintado formoso caramujinho amarelo, de chapéu verde, passeando num jardim repleto de margaridas brancas e borboletas multicores.

Formosas begônias foram plantadas nele, cujas cores formavam um harmonioso conjunto.

O vaso permanecera vistoso por algumas semanas.

As begônias aos poucos perderam suas pétalas. Seu colorido.

Redobrado cuidado foi preciso neste período. Porém, as pequenas flores que antes davam vida ao vaso lilás, se tornaram cinzentas.

Passado tempo, as begônias se foram. O vaso perdeu vida. Perdeu o sentido.

Vaso vazio...

Ou vazio vaso?

Dia desses, ao me deparar com ele, esquecido num canto, algo me chamou a atenção: uma pequena begônia, nascia, em meio a terra seca, e lutava para sobreviver na aridez que a circundava.

Aquele vaso, aquela begônia me ensinaram uma grande lição. Não importa quão árduo seja o caminho, há sempre como florescer algo novo, simples e que pode nos dar força para renascermos mais fortes e plenos.

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Eu sou assim. Um pouco de tudo, solta no mundo, sem molde definido. Tenho algumas convicções, mas nada eterno. Gênio forte, às vezes muito impositiva. Sou um paradoxo de mim mesma. Frágil, mas forte. Séria, mas palhaça. Mulher, mas menina. A única coisa que quero nesta vida é paz. Paz de consciência, paz de espírito. Paz e tranquilidade com a convicção de que fiz o que havia de ser feito. Amo a lua. Sou virginiana, mas acredite, meu signo me contradiz. Hoje, antes de tudo, sou mãe. E, esta é a melhor opção que fiz pra mim. E pra eles. Amo chocolate. Meu Deus está num pote de sorvete de maracujá. Não tenho mais segredo. Só alguns medos. Muitos sonhos.

Sobre este blog

Escrevo porque descobri que gosto. Gosto de brincar com as letras, palavras e idéias. Escrevo porque me descubro. Escrevo sem compromisso. Nem preocupação. Só por escrever. Escrevo de uma vez. Não tem correção. Desta forma, mantenho a autenticidade. Então, se você achar algum erro, perdoe-me, não há como corrigir. Um texto já pronto não pode ser reescrito, perde o sentido. Então escrevo...