Primeiro Dever de Casa.

Aquelas maõzinhas redondinhas, ávidas em sua procura pela cor mais bonita, fizeram crescer um sentimento tão bom dentro de mim, que eu diria ser inexplicável.

Uma alegria indescritível no rosto da minha Aninha, me fez entender que as pequenas coisas ganham dimensões gigantescas quando temos um filho. Um simples dever de casa trouxe a mim uma sensação prazerosa de descoberta. De orgulho. De amor. Muito amor.

Seus olhinhos atentos não queriam perder nenhuma linha, nenhum detalhe do desenho de páscoa. Pequenos ovinhos dispostos num cesto, traziam uma porção de letras, carregadas por um vistoso coelhinho.

Na parte superior, um texto pedia que fosse identificada a primeira letra do nome.

- Aninha, qual é a primeira letra do seu nome?

- É Aninha, mãe.

- Não, meu amor, a primeira letra.

- Ana Clara!

- Não, minha filha. A primeira letra do seu nome é a letra "A"... então, qual é a primeira letrinha do seu nome?

- Ana, mãe! A-NA CLA-RA. Viu? Eu já sei falar a letra do meu nome! Agora eu posso brincar com o João?

Ser mãe é um exercício de amor. E de paciência também.

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Eu sou assim. Um pouco de tudo, solta no mundo, sem molde definido. Tenho algumas convicções, mas nada eterno. Gênio forte, às vezes muito impositiva. Sou um paradoxo de mim mesma. Frágil, mas forte. Séria, mas palhaça. Mulher, mas menina. A única coisa que quero nesta vida é paz. Paz de consciência, paz de espírito. Paz e tranquilidade com a convicção de que fiz o que havia de ser feito. Amo a lua. Sou virginiana, mas acredite, meu signo me contradiz. Hoje, antes de tudo, sou mãe. E, esta é a melhor opção que fiz pra mim. E pra eles. Amo chocolate. Meu Deus está num pote de sorvete de maracujá. Não tenho mais segredo. Só alguns medos. Muitos sonhos.

Sobre este blog

Escrevo porque descobri que gosto. Gosto de brincar com as letras, palavras e idéias. Escrevo porque me descubro. Escrevo sem compromisso. Nem preocupação. Só por escrever. Escrevo de uma vez. Não tem correção. Desta forma, mantenho a autenticidade. Então, se você achar algum erro, perdoe-me, não há como corrigir. Um texto já pronto não pode ser reescrito, perde o sentido. Então escrevo...