CANSEI.
De tentar.
De levar.
De fingir.
De chorar.
Das desculpas.
Do tédio.
Do desrepeito.
CANSEI. Mas um cansaço consciente. Sem dor. Sem apego. Sem ego.
CANSEI e levarei o cansaço até quando não aguentar mais. Assim renasço de novo. Mais firme, mais forte, mais Eu.
CANSEI.
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Traços.
Antes eram desconexos. Sem sentido algum. Embora os olhinhos ingênuos enxergassem árvores, tigres, pássaros...
Recebi no último sábado, duas folhas soltas de um caderno espiral com dois desenhos distintos.
O primeiro, da Aninha, vinha desenhado três pessoas - eu, ela e João, todos de mãos dadas, debaixo de um sol pintado de marrom e nuvens multicoloridas. Sobre o chão, flores, borboletas e uma grama verdinha. Na sua mão esquerda, um traço rosa, que ela disse ser seu batom.
O segundo, do João, uma mocinha segura algo que não consegui definir.
-João, que desenho é este?
- É você mamãe. Me segurando no carrinho quando eu era nenêm.
Dois desenhos. Duas obras-primas. Duas delícias de se ver. Duas alegrias.
Tem momentos em que eu penso e agradeço à Deus de coração por ser tão feliz, com tão pouco - ou com tão muito.
Cúmulo.
Cúmulo da globalização é um grupo de chilenos tocar com suas afinadas flautas a música da Celine Dion, tema do filme Titanic em plena Praça Sete.
Cúmulo maior é trabalhar no décimo segundo andar e, escutar a tarde inteira o mesmo refrão como se eles estivessem aqui do meu lado.
Aff...